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Por Germano Xavier
tudo isso em meu sonho incólume,
de trejeitos peçonhentos e irreais.
tudo isso que se enraíza
e que, após um longo período
sugando a seiva da terra,
voa as asas do pertencimento,
e do querer mais puro.
tudo o que fumega o progresso
e a inconstância das colheitas.
tudo o que aos flancos desejei
sem acionar sequer a mão sedenta,
e todas as glórias trabalhadas
durante o exercício da vida.
são esses seres de liberdades vivas,
por vezes indiferentes à mim,
que me ensinam os truques
da arte de passarinhar.
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