Por Germano Xavier
O
ano de 2020 definitivamente não foi fácil. No Brasil, a situação de penúria foi
ainda mais amplificada e visível. Desgovernado desde os saguões de Brasília, o
Trem-Brazil, vendido às incertezas de um neoliberalismo irresponsável,
descarrilou e assim continua ribanceira abaixo. O real povo brasileiro penou. E
penará. Presenciamos tragédias novas a cada dia, muitas delas advindas de um
bestial antipresidente eleito. A sirene tocou mundo afora. Uma pandemia! Muitos
foram para dentro de seus aposentos. Muitos, por não terem aonde ir, forçados
pela própria necessidade e outros por negacionismos infames de ordens diversas,
preferiram as ruas. Ao cabo de todos esses meses, o cansaço, a estafa mental.
Todavia,
algumas coisas foram fundamentais para me manter vivo. Falo por mim. Para além
das aulas ministradas à distância, que se mostraram duras e ineficientes, foram
os livros os maiores responsáveis pela manutenção do ar nos pulmões. Li
razoavelmente bem durante todo o ano. Dei prioridade a livros que, de uma ou
outra forma, falavam do processo pandêmico vigente, para me inteirar acerca de
discussões sociais e políticas também atuais. Destaco aqui a coleção Pandemia
Capital, da Editora Boitempo, que li quase toda.
No
mais, agradecer preciso a todos os amigos e todas as amigas que fazem comigo o
canal literário O EQUADOR DAS COISAS no YouTube, aos colaboradores do portal O
GAZZETA, ao espaço concedido a mim no portal SÓSERGIPE e a manutenção da
parceria já antiga com o portal ENTREMENTES. Dizer também que o blog O EQUADOR
DAS COISAS e o jornal impresso O EQUADOR DAS COISAS continuam vivíssimos, em
sonhos borbulhantes e em realidade. Para 2021, talvez algumas boas novidades
surgirão. Sigamos, bucaneiros!
E
ninguém solta a mão de ninguém.
Poesia
1.
QUARENTA CLICS EM CURITIBA, de Paulo
Leminski;
2.
BUBUIA, de Jéssica Martins Costa;
3.
ASA DE LAGARTA, de Vanessa Reis;
4.
ALICE E OS DIAS, de Daniela Delias;
5.
TRANS, de Age de Carvalho;
6.
QUASE UMA ARTE, de Paula Glenadel;
7.
À CIDADE, de Mailson Furtado;
8.
GRAVANDO, de Aline Rocha;
9.
ANTES QUE O MUNDO ACONTEÇA, de Daniel
Baz;
10.
CAPRICHOS & RELAXOS, de Paulo
Leminski.
Prosa
1.
A FABULOSA GALINHA DE ANGOLA, de Luísa
Fresta;
2.
REDEMOINHO EM DIA QUENTE, de Jarid
Arraes;
3.
CARTAS DE UM DIABO A SEU APRENDIZ, de
C.S. Lewis;
4.
O AMANHÃ NÃO ESTÁ À VENDA, de Ailton
Krenak;
5.
A CRUEL PEDAGOGIA DO VÍRUS, de
Boaventura Sousa Santos;
6.
SEJAMOS TODOS FEMINISTAS, de Chimamanda
Ngozi Adichie;
7.
O MASSACRE DA GRANJA SÃO BENTO, de Luiz
Felipe Campos;
8.
O VELHO E O MAR, de Ernest Hemingway
(releitura);
9.
SOBRE A ESTUPIDEZ, de Robert Musil;
10.
ÚLTIMO REINO, de Pascal Quignard.
OBS.
A ordem de numeração dos livros não quer dizer absolutamente nada.
* Imagem: Google
2 comentários:
Sigamos! Em excelente companhia, com sua dicas enquanto leitor, professor, escritor. Para destacar algumas de suas vozes, pois você é polivalente! Forte abraço.
Rozana, vamos juntos nesta viagem tão bonita.
Obrigado por tudo.
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