Por Germano Xavier
Paris-Orly
Ramón era um boliviano morando em Paris
há bem uns sete anos. Recebeu-me a caráter no desembarque.
| o outro casal demorava a aparecer |
baixinho, com seus traços indígenas tradicionais,
agigantou-se e disse vamos, não tenho culpa!
entramos na van e a França se abriu em viadutos e avenidas.
Isto mesmo, Courbevoie!, disse.
pelo caminho, admirei o gosto pelas motos, o padrão dos prédios,
as árvores esquecidas entre grades e portões, o ar de algo parado no Tempo
e ao mesmo tempo em movimento.
e logo a Ilha de França.
a famosa zona industrial, pensei com meus botões,
e desci. Ramón foi cordial e ajudou com algumas informações
durante o percurso.
em solo parisiense, pensei mais uma vez no casal
que não cheguei a conhecer.
realmente, Paris entorpece os desavisados.
(Paris, tarde de 11 de junho de 2017)
* Inicio hoje a publicação de uma série de poemas que escrevi durante viagens que fiz ao exterior, entre os períodos de 2010 e 2020. Ao todo, os poemas demarcarão um território de experiências vivencidas em 14 países, incluindo o Brasil. Boa leitura a todos e todas. Sigamos, bucaneiros!
* Imagem: https://www.aeroportosdomundo.com/aeroporto-ORY-hoteis/
3 comentários:
Vai ser um prazer seguir viagem com você!
Estou aqui, Capitan!
Muito feliz pela companhia de vocês duas, Rozana e Condessa.
Sigamos juntos nesta viagem!
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