Por Germano Xavier
Odin e o Mar do Norte
a expectativa era bonita.
depois de muitos quilômetros, estaria eu
diante da possibilidade de tocar as águas
do Mar do Norte.
Amsterdam foi vista pelo retrovisor logo cedo.
a estrada era o meu caminho.
ao chegar em Volendam, após degustar queijos típicos,
o frio tomou conta da pele. era um primeiro sinal.
dobrei algumas vielas e corredores estreitos da pequena vila
e lá estava, o grande mar nórdico, o templo vivo dos vikings!
quando estou no centro de cosmos históricos,
consigo vislumbrar partidas e chegadas, gentes,
batalhas, alegrias e tristezas. não foi diferente ali.
o Mar do Norte me pareceu carregado de dores,
suas espumas eram contidas, havia uma lamúria
na cor do que era líquido.
foi olhando para o Mar do Norte que descobri
que nem toda onda dança em festa de corais.
(Volendam, manhã de 16 de junho de 2017)
Nenhum comentário:
Postar um comentário