para Maria Iraildes Pimenta
ressequidas venezianas de alma,
olhos pálidos como folhas de outono,
desmaiam os ciclopes reticentes
no escuro apenas.
ver o verdor pesaroso de não ver o verde
das relvas sem selvas, ter uma fronha
encobrindo o branco e o preto,
e por que agir insipidamente
a favor de uma vontade mórbida,
íris filtrada na dor, nesta humanidade doente?
se não enxerga os acimas,
teima a vista nos brilhos sem nome,
que são de lá os feitiços das medusas prementes.
* Imagem: Arquivo Próprio
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