Por Germano Xavier
reza a lenda que os dois se tornaram um só:
corp'alma e todo um aspecto plástico-poético,
ou ainda mesmo pura pirotecnia.
O fogo se instaurou quando dentro
e uma narrativa solidária fora brotada.
No canal, esperm'ardente em avanços,
Ikan foi sendo Muhatu e Muhatu foi sendo Ikan.
Orobó agora deixara de ser real.
Orobó era magia sem Tempo.
Condenados à coragem, astutos imaginaram
o persistir: modos únicos de revolução.
A hora em que Ikan iluminou Muhatu
fora também a hora em que Muhatu,
já diagnosticada com "doença de amor",
fartou de nomes as coisas-meras-coisas.
Toda uma maneira se desintegrou.
Então, compartilharam personalidades.