Por Germano Xavier
Um café coado antes do Verbo. A roda gigante do mundo que não para. Relógios badalam. Um café expresso para o pecado original. E tudo fora penetrado. O homem não sabe mais para onde ir. Um café com especiarias, por gentileza, para nossos desertos e futuros. Um lágrima para nossos prantos de crocodilo, por vezes inevitáveis. Um café breve para alimentar o temporal. Sim, o mundo lá fora é uma loucura. Outra dosa do americano para as ordens de desordem. Em tudo se pode confiar?
Um caribenho para revoluções. Um mocha para desanuviar, meramente. “Saindo um machiatto para o sonhador na mesa 43!”, vocifera o garçom. Um cortado para equilibrar o doce e o salgado da vida. Um capucinno, amigo. Ou melhor, dois. Não temos tempo para desperdiçar. Sente aqui. Precisamos conversar. O dia está lindo. Como vai a sua família? Há muito tempo não passo por lá. Como o tempo lhe fez bem! Um panna. Merecemos. Dois, sim. Dois. Estamos congregando. O café nos aproxima de Deus. Você acredita em Deus?
Deus é café com leite, um clássico. Prefiro um latte. Sou de exageros, de discórdias. A rebeldia é o que nos trouxe até aqui, não acha? Essa conversa não termina aqui, amigo. Estou na Praça do Vigário, 656. Apareça por lá, quando possível. Será um prazer. Tomaremos um irlandês, preparado com um whisky 18 anos. Se preferir, um amaretto. Sua esposa ainda aprecia um caramelo? Meu filho do meio adora um hawaiano, com leite de côco da região. Você não envelhece nunca, Doutor. Dê um abraço em seu pai. Diga a ele que jamais me esquecerei daquele dia.
Amigos são para essas coisas. Deixa eu lhe dizer... você sabia que meu querido avô plantava conilon? Sim, mas depois percebeu que negócio mesmo era mexer com o arábica. Está cedo. Boa noite. Bom dia, vizinha. Não quer entrar para tomar uma xícara de café? Não, ela viajou. Fique à vontade. Com ou seu açúcar? Na cama. O homem não sabe mais para onde ir. E tudo fora penetrado. Até a madrugada que embala os sonhos mais reais. Um café para depois do fim do mundo, please.
Um caribenho para revoluções. Um mocha para desanuviar, meramente. “Saindo um machiatto para o sonhador na mesa 43!”, vocifera o garçom. Um cortado para equilibrar o doce e o salgado da vida. Um capucinno, amigo. Ou melhor, dois. Não temos tempo para desperdiçar. Sente aqui. Precisamos conversar. O dia está lindo. Como vai a sua família? Há muito tempo não passo por lá. Como o tempo lhe fez bem! Um panna. Merecemos. Dois, sim. Dois. Estamos congregando. O café nos aproxima de Deus. Você acredita em Deus?
Deus é café com leite, um clássico. Prefiro um latte. Sou de exageros, de discórdias. A rebeldia é o que nos trouxe até aqui, não acha? Essa conversa não termina aqui, amigo. Estou na Praça do Vigário, 656. Apareça por lá, quando possível. Será um prazer. Tomaremos um irlandês, preparado com um whisky 18 anos. Se preferir, um amaretto. Sua esposa ainda aprecia um caramelo? Meu filho do meio adora um hawaiano, com leite de côco da região. Você não envelhece nunca, Doutor. Dê um abraço em seu pai. Diga a ele que jamais me esquecerei daquele dia.
Amigos são para essas coisas. Deixa eu lhe dizer... você sabia que meu querido avô plantava conilon? Sim, mas depois percebeu que negócio mesmo era mexer com o arábica. Está cedo. Boa noite. Bom dia, vizinha. Não quer entrar para tomar uma xícara de café? Não, ela viajou. Fique à vontade. Com ou seu açúcar? Na cama. O homem não sabe mais para onde ir. E tudo fora penetrado. Até a madrugada que embala os sonhos mais reais. Um café para depois do fim do mundo, please.