“ESPLANADA DO TEMPO – da idealização
esplendorosa da realidade à ânsia de resposta para a treva, como suporte para
transcender a morte”
E por vezes as noites
duram meses
E por vezes os meses
oceanos (...)
E por vezes por vezes
ah por vezes
num segundo se evolam
tantos anos
(David Mourão-Ferreira,
in “Matura Idade”)
NULLA.
Partir de um ponto zero? Do nada para o tudo que nada voltará a ser, quando
nosso olhar se apagar sobre o “onde”? Há como medir o tempo? Enclausurados nos
momentos que não voltam, escravos de relógios, permaneceremos num só tempo
conhecido? Talvez entrar nele, por inteiro, correr todos os riscos e, não
fazendo contas aos segundos, minutos, horas, dias, partir para a viagem, sem
nada mais esperar do que aquilo que for sendo alguma claridade dentro da
cegueira. Sem se dar corpo a grandezas, sem as fantasiar, despojadamente
conscientes de nossa ínfima grandeza no universo. Ser somente, estando. Sem
máscaras, sem faz-de-conta nos cenários do real. Residirá mesmo em nossas mãos
o livre-arbítrio? Conseguiremos fugir à atracção fatal dos bastidores que
prometem o brilho da ribalta? Forja-se quadros de futuro brilhante. Sonha-se
com a chegada ao reino do ouro, aos templos da luz redentora, atolados nos
pântanos inevitáveis do quotidiano dentado, num contínuo e irremediável
esbracejar de náufrago. A morte ali, soberanamente encostada ao tempo que nos
resta desde a primeira divisão celular. Que força nos empurra pelos atalhos
pestilentos, massacrantes, até ao “lago gelado”, “destruídos no absurdo do nada”
(...) numa “consciência cega por coisa alguma (...) o grito destilado e a pele
pelancuda” (LII)?
Amontoamos
ninharias, como se refulgissem, e sufocam-nos. Submergimos no falso rosto das
correntes de latão dourado e desviamo-nos da rota onde floresce, em seu
esplendor despretensioso, o simples lírio do campo. Rio de angústias o tempo
que flui, sem licença nem piedade, pelos ombros vergados do Homem à sua
infinita pequenez no espaço que lhe cabe, em irreversibilidade absoluta de cada
instante sujeito à intransigência do fim – “(...) nós não temos asas. //
perdemos o bilhete do trem na primeira estação.” (LIV) Apesar de não sabermos
desse “eterno retorno” platónico, ou de inconscientemente nele vivermos
encarcerados, desintegramo-nos em correria vertiginosa “sempre contra o Tempo”
(LV) escarninho. Sirva-nos embora o tempo de gaveta entreaberta da memória que
narra o percurso do que fomos para a consciência de sermos o que somos no único
momento que importará, o presente em contínua (e penosa) mudança. Atravessamos
rios sem margens, encurralados em silêncio alheio ao grito que explode por
dentro do infinito em nossa finitude, nesse espaço que nos fere e amordaça.
Morre-se em vida pela vida que há de finar. Somos nada e tudo, porque estamos.
Gota de chuva que logo desaparece nas areias movediças do tempo e do espaço
circunscritos ao nosso olhar. Um desvio ao plano erróneo de Deus?
Criaturas
de absurda voz, em queda a pique sobre a aura perdida da perfeição. Onde saber
da identidade ao longo do tempo experimentado pelos sentidos? Por quanto tempo
se nos turva a mente na ilusão de sermos livres? De gradeamento em gradeamento,
anestesiados reféns de um passado que “já não é” e de um futuro que “ainda não
é”. Vamos definhando enredados na idealização do tempo que virá, arrastados na
voragem de um tempo que consideramos não parar. Marionetas nas mãos artesãs de
anseios e receios, desfazemo-nos “imaginando” se fará sol ou chuva amanhã, se o
vento varrerá todas as folhas do nosso Outono, se a expedição à Antártida, que sonhámos,
será nosso último devaneio, escarnecidos pelo instante fugaz, quimérica ponte
para essa eternidade de redenção prometida.
Cada
passo é atravessado por luz imediata chocando com escuridão súbita onde nos
vemos perdidos, porque o caminho é impreciso, a saída dúbia – “estando, sou o
que não dá para ser. // abandono-me e não me encontro mais. // para onde vai
uma planta sem raiz?” (LVIII) Convertemo-nos em avesso de nós, entrincheirados
na hora ida, só memória esconsa de navegações duvidosas sem barcos, sem remos,
à deriva, em mares de solidão e de intranquilidade perpétua – “mas quem se
aproxima? // quem em mim abre mistérios de aproximação?” (LVIII) Quem dera o
estremecimento alongado entre a dor e o riso! A face iluminada dos sentidos. Em
imitação do movimento eterno. Feito do tempo nosso, no singular individual e do
tempo de cada criatura, no colectivo, rodando, rodando, entre silêncios e
vozearia. Trespassa-nos o poema que fecunda o tempo desse olhar a sombra dos
braços, desse escutar o eco da fala, numa figuração do pensamento convocando a
existência – “existimos na textura em que erigimos uma estátua, // parados na
mudez de pedra esculpida de um silêncio.” (LX)
O
tempo dobra-nos a espinha dorsal ou é o que fazemos dele? O nosso tempo é o
espaço da solidão. Emparedados no que fica daquilo que passa. Em que cada
começo ressoa num coro final. Naquela hora ditada por tudo o que o tempo faz e
nos faz. Contra as luzes apagadas das gavetas de reforço da sobrelotação dos
números das probabilidades. Das câmaras desligadas frente à urgência de
vigilância onde seguimos buscando “a chave que dá para a imensidão.” (LXI) E
afinal, sendo tudo ilusão sem medida, sem razão, sem espaço, dois advérbios são
tatuados em nós, sem apelo nem agravo. Como extirpar de nossa pele “sempre” e
“nunca”? Como escutar a voz do tempo que se perde em cada novo assalto à alma
revelada no esquecimento? Tudo é presente em nós, na lembrança do que foi, na
saudade do que será, no tempo por nós inventado.
Acorda-se
em pesadelo no cárcere onde julgamos reinventar o tempo, nada mais ocupando,
desde o princípio dos princípios, do que o não-lugar – “o engaiolado mundo dos
seres observa // a passagem das horas baldias e inúteis.” (LXIII) Nesse
instante invisível desliza um pingo de nada em nossa pele encerada pelo delírio
da imortalidade. Continuaremos cantando, pregados no vaivém mortal entre o
espalhafato do tic-tac analógico e a mudez fingidora digital? Quem sabe, nos
reconheçamos na busca incessante de suspensão do tempo em espaço de deleite, porque
“o tempo permite a voz. // o tempo embarga o mito. // o tempo em que se
mergulha // aprisiona o aqui // e o agora.” (LXV) E porque “o tempo corre”
(LXV) a verdade será conhecida no desconhecido das marés de todas as aventuras
onde, órfãos das conquistas, presumiremos rosto dominante da viagem sem âncora
no cais de chegada. É de luxo que se trata, se há quem tenha tempo, havendo
quem não tenha. Havendo quem tenha poder sobre o tempo. Quem o consiga comprar.
Enquanto as ratazanas perdem tempo nos esgotos a céu aberto. Todas as estradas
vão dar à incerteza do “quando” labiríntico na certeza única de que a liberdade
é só uma palavra bordada no olhar “da hora mais bonita dos plurais”. (LXVII)
Quanto
mais nos embriaga o aroma dos frutos maduros, mais o nada se aninha na concha
rugosa das mãos decepadas pelo reconhecimento do mundo. Ali tudo se vê, ouve,
toca, na organização recriada do universo. O poeta trata Deus por tu. Deitados
sobre o fingimento da alegria e da dor alteram a programação de vida nas rotas
desencontradas do movimento de ida e de volta – “no fim, o olhar se renova. //
na linha de chegada, a paixão // brutaliza-se.” (LXXI)
O
homem encurralado cristaliza na emoção da pedra. Seu corpo cabe na exacta
medida das ruínas no tempo anoitecido. Um pescoço hirto feito galáxia ao
encontro da linguagem rudimentar que utilizamos na folga do Tempo – “a história
confirma: // o amanhã não tem propósito algum, // a não ser o de iludir
chamados // para novas ambições.” (LXXIV) Ante a “aurora de pés ardentes” abre-se
a via do “começo de outro lugar” (LXXV) que outra e outra vez se repete,
inscrevendo-se no tempo, em continuado recomeço do fim mais certo do que
qualquer certeza, essa “paixão por navegar (o sentido), // primeiríssimo lugar
para acessos.” (LXXVI) Não somos senão sobreviventes à catástrofe, enquanto nos
é palpável o objecto de fiel contemplação. Findo o prazo de validade não haverá
mais do que cinza esfarelando-se no imaginário alheio do ignoto número de
combinações inúteis que o universo alberga. Quem existe na trama de tempos
multiplicados em convergência ou divergência? O que poderia ter sido nada é.
Tudo o que foi já não será. No presente desse passado senta-se o futuro feito
fluxo de assentamentos e de expiação, melodia dissonante da devastação – “continuaremos
morrendo, // aos poucos por nada por tudo, // por uma estação sacra
inexistente, // por uma salvação diária escondida // no cotidiano visceral das
imprestâncias.” (LXXVIII)
Por
tal, a paralisia do medo no centro dos “ademais”. No ruído insuportável das
ruas apinhadas nas metrópoles urbanas ou no silêncio alvo estendido sobre as
planuras andinas. Mas nós teimando o arrepio do olhar no horizonte vário que
uma linha rectilínia cose na pele dos personagens à deriva em nós.
Reformulamo-nos nas intermitências do caos onde, embuçados, acompanhamos
adiamentos do regresso à gare de partida. Espectadores de tudo no nada que nos
cerca, sitiados na fragmentação da monotonia, comparecemos à grande farsa da
construção de cronologias nas entranhas conscientes do espaço, tomando “o rumo
incerto de todas as pressas, // um circuito de essências nos silêncios.”
(LXXXI)
Tentamos
desenvencilhar-nos do novelo infernal de cruzamentos temporais para decifrarmos
a hora violenta da história nos ponteiros do relógio. Sorte a de Deus que criou
a eternidade e descansa no além do Tempo. Talvez o Diabo, guardião deste
templo, pegue em sua flauta mágica e perfume a hora do Homem com poesia
estilhaçada, harmonizando a distância que vai do Génesis ao Apocalipse,
abençoados os compassos de ruptura, pois “é tempo de sentido, // tempo de
homens sentidos.” (LXXXIII) “Fios de vida” tecendo a fantasia quebrada do que
vemos, ouvimos, amamos, “a melodia inolvidável”, em páginas alternadas da
perplexidade – “vi, enfim, o que passou, o que é, // o que será e, juro, // vi
tudo pela primeira vez.” (LXXXV) Vive-se lucidamente num sorvedouro de enganos,
corpo em cruz abraçado a espelhos que multiplicam mentira e ilusão de
realidades – “Contres heridas yo: // la de la vida, // la de la muerte, // la
del amor.” (Miguel Hernandéz, in Cancionero y romancero de ausencias).
Persignamo-nos com água benta no dia amanhecido contra a espuma das marés
sepultadas em praias desertas, a reboque do amanhã que é nunca mais, e “tudo se
resume, pois, // até aqui (e só assim me pus a salvo), // a uma vitoriosa
carreira de impermanências.” (LXXXVI) Demandamos o curso irremissível dos rios,
os misteriosos abismos oceânicos, atordoados por pálidas sobreposições, em
exaltação de glórias arrasadas, “sem âncoras // nem velas” (LXXXVIII), como se
não soubéssemos “de que passamos depressa e de que ficamos // a aplaudir
angústias no fim da linha? (LXXXVII)
Invadir
então o côncavo do “cone” e reconhecer nossa voz na “memória do mundo”. Além da
angústia espelhada na repetição de perdas e ganhos em todos os descaminhos
andados sem bússola, ao encontro do tudo do nada e “lograr a cada hora dominar
a bela arte de viver sem rumo. (...) lograr a cada hora picotar o desejo de
realidade.” (XCI) Ser fiel ao eterno retorno platónico ou considerar a sua não
existência aristotélica? Descansar na perspectiva kantiana da alternância entre
intuição sensível e noção objetiva de observação, anterior a qualquer
experiência? Ou projectar-se no pensamento do puro devir hegeliano? Ou
passearmo-nos pelas oito histórias de Cortázar e sobre aquisições concluirmos
que “na oitava, tornamo-nos um conto. // e para todas elas, a mesma sensação.
// de que imediato é o sonho.” (XCII) Nesse ponto, estampar o sonho no coração
do Poema e continuar reclamando um rosto visível do impossível, na alegria
perversa da mágoa entranhada nos versos que semeiam entusiasmo a prazo. O eu
agiganta-se em bolas de sabão nas mãos sedentas de inocência. Mas não se
recupera passos ousados da infância, bate-se de frente com “o homem nítido,
desnudo, descalço. // um eco de pedra: memória sem olhar.” (XCV) E a verdade
circulando arquivada em tempos e espaços múltiplos a que (já) não pertencemos,
pois “o futuro é uma só palavra: mistério.” (XCVI) Do que fomos no Poema resta
“estrada imaginária” no mapa da História. Na cogitação permanente adensada pela
autoconsciência com seu inconsciente, cala fundo em nós a aspiração à plenitude
“divina” e ao caminho para a conciliação harmoniosa entre os opostos que nos
povoam, entre o Bem e o Mal, o espírito e a matéria. O que fazer do serpentear
agreste do dilúvio entre o grito nosso e o não-lugar? Tudo é sempre mais do que
parece, “entre a pessoa e a persona, // há a rudeza das mãos de um homem
encurralado, // a letra invertida na voz do poeta” (CI).
Do
coração das águas, primeiríssima morada, o homem encurralado em “três feridas
abertas, a da vida, a da morte, a do amor”, comove-se com a imensidão, quando
espraia o olhar à deriva pela mantilha do universo astral – “aquele enorme
peixe me chama // para o destino que os altos astros se infinitam”. (primeiro
poema, homenagem a Sophia) Cativos nos mistérios das profundezas da alma
nadamos pela salvação. Soçobraremos nessa rede de malha apertada de pavor, de
cobiça, de avidez, enquanto consideramos reflectir no mundo terreno o sentido
das estrelas? Como realizar a união dos opostos? Surfamos o que “o olho
enxerga” na onda colossal, mas os monstros das funduras agigantam-se no plano
de voo tão só brev(e)idade. (segundo poema, homenagem a Sophia) Num átimo da
miragem solar distingue-se a leveza da matéria esvoaçando no vaivém azul da
mágoa “e por serem tão claros os tormentos, // outros azuis vão, seguidamente,
// se modulando.” (terceiro poema, homenagem a Sophia) Embala-se o tempo no
leito do sonho. Para que outro milagre beije as voltas da ondulação e o divino
sopro agite os “sais do esquecimento”. Mas “há // um arco // sobre o infinito”
(sexto poema, homenagem a Sophia), mensageiro de verdades dolorosas à
superfície das águas estagnadas. Em que curva da imensidão, em que reino o
cântaro de água transparente, onde seja servido o banquete sagrado? Mal podemos
esperar pelo arco-íris sobre o breu dos dias, pois “nunca, meu Grande Peixe, //
nas minhas distâncias marítimas, // nunca, eu repito, tive de olhar // milhas
além para enxergar luz // tão penetrante nem sombra // com tamanha estranheza.”
(nono poema, homenagem a Sophia) Como Jonas, estenderemos a mão à omnipotente
misericórdia divina, do buraco negro dos abismos onde nunca quisemos ter
descido e “um dia, Grande Peixe, // seremos uma onda só, imiscuídos // entre os
azuis, indefinidos, // no balouçar das rotações.” (décimo poema, homenagem a
Sophia)
Em
jeito de “remate”, direi que ler a poesia de Germano Xavier é uma bênção. Mas
ser-me concedido peregrinar junto a entusiamo e dores do(s) sujeito(s)
poético(s) de suas obras é bênção maior. Ousei tomar assento na “esplanada do
tempo” e perder-me nos meandros labirínticos de perda e suspensão, entre a
razão e certas paixões inferiores do Centauro. De cogitação em cogitação,
rastreando porta de saída para a dúvida não metódica mas vulto fantasmagórico
de certeza angustiante embiocada debaixo do tapete. Neste segundo livro da
Trilogia do Centauro, revisitando o (primeiro) Homem Encurralado nas masmorras
do eu e do espaço físico, geográfico, político, social, cultural, psicológico,
religioso, encontrei-me com semblante espelhado no arco dos limites face à
reminiscência da eternidade. Com humildade confesso também meu este rosto
inquiridor na voz do tempo que nos espreita, estuda e sentencia, com seus olhos
esbugalhados de Grande Peixe marítimo à guarda de uma “habitação de pedra sob
os silêncios // modorrentos do próprio silêncio.” (sétimo poema, homenagem a
Sophia)
Devorando
o tempo, recuperando-o inteiro a todos os estilhaços e desencontros consigo e
com os outros, a todas as divisões, a voz estética de Germano Xavier é voz
única, libertadora. Não é voz individual a sua voz. É antes polifonia de vozes
que, em dissonância poética e filosófica, se abre à harmonia de voz colectiva
no eu, em tempo de indigência. Eu que é nós, porque nos desdobramos na imagem
singular do espelho. De fora para dentro, (re)encontramo-nos com o eu que é o
outro. Eu ou nós fazendo do corpo rígido matéria fluida, líquido que se ajusta
à rugosidade de qualquer chão, no tempo que lhe cabe. Viver então a própria
vida, ora no vislumbre de fulgor que ilumina a realidade e a fantasia ora na
ânsia de resposta para a noite cerrada, como suporte para transcender a morte,
no “tempo em que os homens renunciam.” (Sophia de Mello Breyner Andresen, in
“Este é o Tempo”)
Nos
dez textos finais do livro, tão admiravelmente elaborados, em termos
linguísticos, semânticos e formais, quanto os cinquenta e dois anteriores, se
contarmos com “Nulla”, Germano Xavier homenageia Sophia de Mello Breyner
Andresen. Com “beleza, elasticidade e potencialidade das palavras”, como refere
Luísa Fresta no texto introdutório à sua tradução de “Esplanada do Tempo” para
Francês, o Poeta Germano Xavier faz uma aproximação vertical à temporalidade
aliada ao mar, dividida entre o «lugar quando» e o «tempo onde», substância
poética nos versos de Sophia, pois “é dentro do tempo que se escuta a sua
«aspiração à unidade e à inteireza»” (José Rui Teixeira, Cátedra de Sophia de
Mello Breyner, Universidade Católica de Lisboa, in 7 Margens, 06/11/2019).
Termino
minhas despretensiosas notas de leitura de “Esplanada do Tempo” com registo da
felicidade indescritível por partilhar palavra com Germano Xavier, um Poeta de
estirpe superior e com Luísa Fresta, uma Poeta da mesma estirpe, que verteu
magistralmente a obra para francês. Igualmente minha consideração máxima para a
palavra sábia de Luís Osete Ribeiro Carvalho.
Regina Correia
Massamá, Dezembro de 2021
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