quinta-feira, 21 de maio de 2009

Cosmológico


Por Germano Xavier


Elimino-me no ar em frangalhos,
parado e mudo,
e me sinto o mais vazio móvel a coser
a paisagem opaca de um escuro cômodo.

De onde a ilusão
brotar, num
imortal silêncio, me pendurarei
disposto
aos vergões da vida.

Penso até que quero me ferir.
Penso até que me morro,
horrendo e honroso, da mais bela morte
que me quis.


* Imagem: Google.

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