segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Das raízes antropofágicas


Por Germano Xavier

Não sou das Antas lerdas
devoradas por predadores velozes.
Pinto-me de azul e branco,
e não do conservadorismo caviloso
do Verde-Amarelo.

Meu Brasil é assim: um mundo!
Meu Brasil é primitivo.
Chega a ser obsoleto, mas original.
Sem elementos falsos.
...

E o tempo é índio!
É consciência e revalorização.
É a semente da cultura,
o rosto descalço,
o pé descamisado e feliz.
...

Feliz por não ter porções
imprestáveis do sangue
deste “Velho Mundo”...
Feliz por ser Abaporu.

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