sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Psicotrópico, de Mateus Dourado




Mateus Dourado é um dos caras mais inteligentes com quem já tive a oportunidade de estar/conhecer em vida. Hoje é professor no município de Irecê-BA, onde morei durante três anos com meu irmão mais velho e duas primas na época do Ensino Médio. Natural desta cidade, que já foi conhecida como “A capital do Feijão”, devido ao seu forte pendor agrícola, é formado em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e autor do e-book “Palavrar” (2014). Penso que, para Mateus, um livro de poemas tem de benzer o gesto pagão, beber a escória das verdades, vomitar purezas. Mateus Dourado, em seu compêndio digital PSICOTRÓPICO, ensina a ser impuro. Impuro, de tão cru e desnudo. Um poeta feliz em se lançar perante o mundo, diante do outro. Sem medo, sem frescura, um poeta com seus quimbas escancarados ao vento, destemida voz em amplidão. Para Mateus, um livro de poemas deve cheirar ao gosto das roceiras infâncias, ao grude dos espermas adormecidos, despejados como tiros de misericórdia nas paredes dos banheiros de solidão. A voz de Mateus Dourado é uma inteira filosofia própria. Discípulo dele mesmo e de tantos outros grandes nomes das artes, músicos, literatos, pintores e teóricos. O livro é divido em setores, com assim resolvo chamar: NO TEMPO QUE ERA SEU & OUTROS VENTRES, MARMÓREO e O OVO DO NOVO. Cada parte é uma pancada de sinceridades. Poemas escritos para serem musicados ou pintados por chicos, linikers, picassos, jimmy pages, magrittes, zecas baleiros, van goghs. Um livro de poemas deve viver. E este vive. E como vive!

Obrigado por me permitir prefaciar teu livro, mestre Mateus. 
Honra. 

Sigamos!


* Imagem:https://twitter.com/mbdourado

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