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Por Germano Xavier
Escrito no século IV depois de Cristo, o Kama Sutra é uma obra de origem indiana, elaborada por Vatsyayana, que versa acerca de alguns aspectos e nuances da lida sexual (sensual, caso prefira) do ser humano, utilizando-se para isso da explicitação de posições e de técnicas voltadas para a prática da sexualidade entre indivíduos, no singular e/ou no plural. Há quem goste de rotulá-lo de “O livro do amor”, o que não é de todo errôneo nem mesmo passível de ser algo exagerado, haja vista a fama adquirida ao longo dos séculos.
O livro mistura visão religiosa, ensinamentos de e para a maturação do espírito, assim como serve de fonte para a busca pelo prazer carnal. Todavia, a partir do olhar de cada um, pode-se elaborar diversificadas interpretações com base no respectivo material. Fato é que o seu conteúdo é hoje conhecido nos quatro cantos da Terra, ganhando até status de “bíblia” do assunto que aborda. A obra, segundo o que se sabe, possuía no início conteúdo voltado primordialmente para a nobreza da época, porém nos dias atuais alcança todo o universo possível de leitores.
Ainda de acordo com o que se conhece sobre a história da mítica obra, o termo Kama ligar-se-ia ao Amor/Prazer, enquanto que o termo Sutra seria uma espécie de Guia/Manual. Deste modo, o Kama Sutra se configuraria como sendo um Guia para o Amor ou ainda um Manual para o Prazer. Com suas raízes fincadas na tradição e nos ditames hindus, o Kama Sutra possui seus méritos didáticos, mesmo depois de tantos anos passados e de tanta abertura sexual presenciada hoje em nossas sociedades contemporâneas.
O livro possui uma visão muito voltada para os prazeres do homem, os das mulheres ficam em segundo plano, apesar das inúmeras e presentes referências. O tempo era completamente outro, convenhamos. Creio que está justamente aí um dos maiores méritos do livro de Vatsyayana: a mulher não foi simplesmente ignorada. Em menor grau, mas a mulher também foi vista e suas necessidades difundidas em suas páginas. Um livro por demais interessante de ser lido, sem nenhuma forma de preconceito, tabu, pudor ou ressentimento.
* Imagem retirada do Google.
Um comentário:
Nunca li este livro e parece-me que ninguém precisa dele para fazer amor
Aquilo que este livro consegue com a sua leitura é uma carga de erotismo.
A libido do homem cresce e alimenta-se com a discrição do prazer.
Esta é a minha opinião.
Não sou nenhum entendido e quando faço amor é porque ambos queremos e nos realizamos.
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