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Por Germano Xavier
sobre a lembrança pousados estão
meus olhos
você triste não é você
você mesmo colorida mas triste
não é você aquela menina antiga de vida
de vida sem vendas no olhar
menina sem laços de fita não
não é você
Cine Dunas, faróis espocados na artificialidade
luminosa, o firmamento do lado esquerdo
do sonho de ser o próprio filme,
um romance com ares mexicanos,
a lã cor de vinho que te cobre
os brancos seios de onde bebo
o mar em fúria
chão em sépia
teu sorriso se abre bem nos olhos
lá onde me cometo
vi quando você me viu
naquela rua de nos engaiolar
em reformadas asas
você triste nunca mais
você mesmo sem dia bom mas triste
nunca mais aquela menina rasteira
árvore sem copa
você soltou teus cabelos
permitiu que brilhassem como feixes prismáticos
caminhos de me dar no escuro do teu silêncio
o mamilo os grandes lábios generosos os dedos
sob a renda em comunhão
os bens de amar
* Imagem retirada do site Deviantart.
2 comentários:
Germano querido, feliz sexta-feira!
Texto intenso, gostei.
Abraço
Nicinha
Versos de beber, versos também generosos :)
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