Por Germano Xavier
espera que a morte - que é, de todas, a vida
mais diária - venha comer com delicadeza
os teus instantes mais difíceis. e reza, reza!,
o pouco de tudo, ainda que em face úmida,
e o mínimo do que lhe resta.
deixa tua alma ficar bêbada
na véspera da manhã entrecortada...
pois se assim o desejo lhe presta
o não-sorrir em dias tais nublados...
- assim será, por ocasião da vontade,
a marca do teu último dia nesta cidade.
depois, foge como esses seres alados,
pelos céus, deixando sutis vestígios:
no fim, tudo não passa de vis delírios.
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