Por Germano Xavier
Fernando, a cadeira dileta
que me pedistes hoje
está na sala à espera de um tempo
como o tempo está
para o pendular desassossego
do que habita minh’alma.
no espaldar, duro o encosto,
de improvisos teço a lã
do bem desgovernar.
é a bomba do pensar
que celebro nas tortas estações,
e que por ser virtude aventurada
em chuvas precisas, sementiza-se
botão de rubra-flor.
com signos de vida
ainda pouca,
vou rasgando os fiapos, fazendo da rota
a madeira, do cajado
o destino que segue arteiro,
brincando de cirandar criança
até quando a brincadeira
humana de urdir cantos e sorrisos
for a do terço que nunca rezarei.
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