Por Germano Xavier
Uma foto capricha
e amarra meu suor escondido.
A imortalidade do imótuo,
do parado,
subverte a porção de mim
que pensa em escape,
em escorrimento...
Acabo de me enxergar oculto,
nesta impoluta mentira
que me corrompe os olhos.
O achado de algo
cristalizado,
como se estivéssemos pedra
em um curto espaço eterno
de gaiolas
- que o pássaro manifesta-se,
mesmo desalado,
em vôos de tigre -
é o mesmo retrato
que amanhece insurreições
em nossos antigos batéis
de margem de rio,
submersos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário