domingo, 4 de maio de 2014

Noturno


 Por Germano Xavier

A noite caminha
a diversidade de seus deuses.

Belicosas luas
instauram e legitimam
teu corpo de silêncio.

Criaturas e ventos,
emaranhados em lama mística,
corrompem as luminárias
cristalinas do dia.

E na mais alta das horas,
sobram relâmpagos ausentes
que perfuram a vastidão do noturno.



Poema escrito para fazer parte do curta-metragem experimental "Noturno",
onde fui um dos roteiristas e o narrador.
Influência marcante da poesia de Jorge Luis Borges.

Um comentário:

Daniela Delias disse...

tão bonito, G.

poema que está por vir: repara na data...beijo!