Por Germano Xavier
o amor é nada nos extremos
da inconcebível sombra,
perdida e erva - frágil
decalque e absurdo
arcano.
que direi a ti o amor
que é chama e pecado,
o mais gostoso gosto e incômodo
travo?
por que diante, a torre
erguida e pronto, fana a rosa
máxima
e não inflama a potente
e grave água
da vida?
tua verônica incendiosa
me habita, mesmo se te jogo
e lanço
do distante abraço.
amo o teu contorno
extremo e largo
de nada,
perdida sombra e erva
a verdecer o tempo em mim.
Um comentário:
das significâncias que os atos têm.
esse teu universo tem as minhas horas de atenção.
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