Por Germano Xavier
O assoreamento das margens e a destruição de manancias de rios são problemas generalizados e já conhecidos de toda a população mundial. E no município de Iraquara, um dos rios que vem atravessando uma situação que demanda extremo cuidado é o Sonhém, rio de média extensão, que corta os povoados souto soarenses de Mata Cavalo e Cercado, e os iraquarenses de Sonhém, Água de Rega, Riachão, Rio Verde, Passagem de Januário, Caiçara e Canabrava, só para citar alguns. Percebendo a dificuldade crescente para com o usofruto da água do referido rio, algumas pessoas de localidades banhadas pelo Sonhém resolveram se unir para elaborar e colocar em prática um projeto que ajudasse na revitalização e no desassoreamento de suas encostas. "O projeto começou porque o rio Sonhém estava dando sinais de que estava morrendo. O rio começou a secar e o pessoal da Canabrava, que é hoje o destino final do rio, até mesmo porque lá fica uma barragem, começou a sentir uma dificuldade enorme com relação ao abastecimento de água em suas casas. Eu lembro que quando chovia muito, o curso dele chegava até Iraquara, o rio descia forte e ninguém tinha aquela preocupação de preservar. Hoje já começou a secar na Passagem do Januário, começou a secar no Rio Verde e atingir cada vez mais pessoas. Foi então que vimos que era a hora de começar a fazer alguma coisa para mudar este quadro desanimador", afirma Sidney, morador do Rio Verde e um dos maiores colaboradores do projeto. A revitalização do Sonhém partiu da idéia dos moradores de algumas localidades por onde o rio Sonhém passa, e funciona em parceria com o Instituto de Gestão das Águas e Clima da Bahia (INGÁ) e também com o apoio da Prefeitura Municipal de Iraquara, que ajudou com material, transporte e apoio logístico, oferecendo também um curso de capacitação para trabalhadores que se interessaram em contribuir com o andamento das tarefas. "Foi muito rápido. Depois de pensado, o projeto foi aprovado em cerca de 3 dias e logo começamos todo o processo", completa Sidney. O projeto não consiste em apenas fazer a plantação de mudas, plantas. É porque a região aqui é muito brejada, tivemos de desassoriar o rio para que ele descesse com mais fluência, porque estava tudo alagado. Onde a retroescavadeira não podia entrar, a gente ia pessoalmente fazer todo o trabalho de limpeza. Depois do desassoriamento, foi a vez da roçagem. Deu muito trabalho, mas depois de alguns meses a gente já enxerga uma melhoria no crescimento das plantas e na diminuição das tiriricas, vegetação que prejudica o rio. O projeto inicial contemplava 500 mudas de ingazeira". Sidney conta que providenciou mais 1000 mudas para plantar o mais próximo uma da outra, com a finalidade de fazer o máximo de sombra possível, pois a sombra mata as tiriricas, que vão crescendo dentro e ao lado do rio, caindo também, parecendo uma bucha que sai absorvendo tudo ao redor. "A plantação da ingazeira é mais para isso mesmo, para matar a tiririca e deixar o rio descer de maneira mais uniforme. A gente também plantou mudas de Jatobá, Cedro D'Água, entre outras. Tem também a questão dos cipós, que sufoca a planta, dificultando também o acesso ao local, assim como nossa posterior manutenção", disse o morador. A previsão é que, dentro de alguns anos, as tiriricas comecem a desaparecer de forma mais visível, dando lugar a um curso de água bem mais saudável. "Tem gente que até faz uma limpeza de vez em quando, para tomar banho ou coisas do tipo, mas a maioria não cuida do Sonhém", conclui Sidney.
O assoreamento das margens e a destruição de manancias de rios são problemas generalizados e já conhecidos de toda a população mundial. E no município de Iraquara, um dos rios que vem atravessando uma situação que demanda extremo cuidado é o Sonhém, rio de média extensão, que corta os povoados souto soarenses de Mata Cavalo e Cercado, e os iraquarenses de Sonhém, Água de Rega, Riachão, Rio Verde, Passagem de Januário, Caiçara e Canabrava, só para citar alguns. Percebendo a dificuldade crescente para com o usofruto da água do referido rio, algumas pessoas de localidades banhadas pelo Sonhém resolveram se unir para elaborar e colocar em prática um projeto que ajudasse na revitalização e no desassoreamento de suas encostas. "O projeto começou porque o rio Sonhém estava dando sinais de que estava morrendo. O rio começou a secar e o pessoal da Canabrava, que é hoje o destino final do rio, até mesmo porque lá fica uma barragem, começou a sentir uma dificuldade enorme com relação ao abastecimento de água em suas casas. Eu lembro que quando chovia muito, o curso dele chegava até Iraquara, o rio descia forte e ninguém tinha aquela preocupação de preservar. Hoje já começou a secar na Passagem do Januário, começou a secar no Rio Verde e atingir cada vez mais pessoas. Foi então que vimos que era a hora de começar a fazer alguma coisa para mudar este quadro desanimador", afirma Sidney, morador do Rio Verde e um dos maiores colaboradores do projeto. A revitalização do Sonhém partiu da idéia dos moradores de algumas localidades por onde o rio Sonhém passa, e funciona em parceria com o Instituto de Gestão das Águas e Clima da Bahia (INGÁ) e também com o apoio da Prefeitura Municipal de Iraquara, que ajudou com material, transporte e apoio logístico, oferecendo também um curso de capacitação para trabalhadores que se interessaram em contribuir com o andamento das tarefas. "Foi muito rápido. Depois de pensado, o projeto foi aprovado em cerca de 3 dias e logo começamos todo o processo", completa Sidney. O projeto não consiste em apenas fazer a plantação de mudas, plantas. É porque a região aqui é muito brejada, tivemos de desassoriar o rio para que ele descesse com mais fluência, porque estava tudo alagado. Onde a retroescavadeira não podia entrar, a gente ia pessoalmente fazer todo o trabalho de limpeza. Depois do desassoriamento, foi a vez da roçagem. Deu muito trabalho, mas depois de alguns meses a gente já enxerga uma melhoria no crescimento das plantas e na diminuição das tiriricas, vegetação que prejudica o rio. O projeto inicial contemplava 500 mudas de ingazeira". Sidney conta que providenciou mais 1000 mudas para plantar o mais próximo uma da outra, com a finalidade de fazer o máximo de sombra possível, pois a sombra mata as tiriricas, que vão crescendo dentro e ao lado do rio, caindo também, parecendo uma bucha que sai absorvendo tudo ao redor. "A plantação da ingazeira é mais para isso mesmo, para matar a tiririca e deixar o rio descer de maneira mais uniforme. A gente também plantou mudas de Jatobá, Cedro D'Água, entre outras. Tem também a questão dos cipós, que sufoca a planta, dificultando também o acesso ao local, assim como nossa posterior manutenção", disse o morador. A previsão é que, dentro de alguns anos, as tiriricas comecem a desaparecer de forma mais visível, dando lugar a um curso de água bem mais saudável. "Tem gente que até faz uma limpeza de vez em quando, para tomar banho ou coisas do tipo, mas a maioria não cuida do Sonhém", conclui Sidney.
Um comentário:
muito bom... Mestre, o teu ponto de vista como jornalista.
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