Por Germano Xavier
Eu entro, pulo o muro, rego as orquídeas.
A casa, ainda sei, fica uma rua atrás da minha.
que ver não se consegue
um amor branquinho
e plano e mais sentido
que desponta no silêncio
no grande horizonte
ou no rio
um amor invisível e bom
amigo e amante e indeciso
caminhado e de rumos largos
e lambuzado de poesia
faz bem por tanto mal
ter um amor como o meu
assim invisível
assim de cantinho
assim de canteiro
para só dois pares de olhos
um amor intocado
um amor de um só beijo
um amor de um só amor
porque mais
porque sem quebras
porque sagrado
um amor sem olhado
de arestas aparado
choroso de dar nó
faz mal por tanto bem
* Imagem retirado do site Google.
3 comentários:
Choroso de dar nó, nós.
Que coisa mais bonita...
Beijo
Olha que lindo, Germano!
Luísa
"faz mal portanto bem!"
é realmente isso!
Muito puro o que descreveu!
Abraço
Postar um comentário