Por Germano Xavier
- Amiguinho meu, tu me ensinas a voar um vôo nunca existido?
- Não, eu não posso. Um dia tudo já existiu.
Indo ao dicionário Aurelião, encontraremos o seguinte significado para o termo grego "Mímesis (Mimese)": imitação ou representação do real na arte literária, ou seja, a recriação da realidade". Roger Samuel trabalha dentro dessa perspectiva de exemplificação quando malina nas gavetas de suas teorias e de suas pestes. Por ser um conceito filosófico, portanto demasiado amplo, esta "imitação" a qual indica tal autor alcança um horizonte de discussão quase que ilimitado. Para Platão, mímesis é uma espécie de imitação da realidade (Idéia) em terceiro grau, um pouco distante do plano do pensamento original. Se no platonismo a mímesis ocupa um espaço recatado, sem grandes importâncias nem faculdades, em Aristóteles o termo vai ocupar um lugar de destaque, revelando-se como o processo pelo qual o fazer poético encerra variados símbolos e significados. A mímesis não é um exercício metalinguístico - como é óbvio que não deixa de ser, jamais -, porém ela mais se aproxima da metáfora, como energia vital e força propulsora integrante do núcleo poético. Sem tanto me alongar querer, mímesis está mais para um exercício de revelação externa ou interna de algo, tendo como ponto de apoio uma determinada realidade já existente, sofrendo influência do nosso inconsciente e, também, das circunstâncias diversas as quais estamos diariamente e temporalmente entrando em contato.
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Crédito da imagem:
"FLESH and ACRYLIC 2 by *fairytaleheart22"
Deviantart
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