Por Germano Xavier
XIII
palavra viva é medo resolvido dura
esfera de se criar fantasia solta
e de onde veio o meu nome é o céu
castanho e de onde veio a decisão
curta de ser grande e de cócoras o tempo
fazer-se criar-se nos matagais e grãos
e a messe colher o dom escasso de vista
ser campina e vôo ser-me a história
melhor lembrar que a vida é em rodopios
de bola de pano? chuva que molha o chão
esperança que mata a fome indo a arte
o monumento maior de ir em desenredo vale?
mais? o mundo quanto? custa à morte a vaidade
quando? a verdadeira festa elevatória música?
a gente joga e não espera a gente brinca
de barriga varrendo o chão e os telhados
a gente fujamos voa é preciso saber
que não se escolhe o pouso o front
que se vai e se deixa ir ventado em empurros
a ida a volta precisamos? estamos sempre indo
com certeza para os cantos e para as alturas
Doró não lamenta o sonho na guimba desperdiçado
Doró alcança estica os artelhos compridos
de acordado e quisto em tudo e se chega
Doró toca os demais os abismos e se alma
mais que ver ele sulca guerreia de dentro
para fora os mundos seus carinhando-se
que se é frio se amorna em umidades
em humanidades em humildades o principal
diz dizendo a voz do coração e ensina compassado
que a vergonha é estrangeira desnatura e quebra
deixa de esconder as manchas nossas verdades
mundar deixa ele o recado de mundar de mundar
de ser em capricho para outros o pão
para si mais de um mundo em borboletas
de se imaginar feituras nossas animais
e nascer nunquinha deixar esquecer e nascer
e sujar-se em nascer-se
e enlamear-se em nascer-se
renascer-se...
2 comentários:
Crédito da imagem:
"Menino_by_joaofred"
Deviantart
Um poema escrito em uma linguagem nova, uma novilíngua e um desabafo. Muito estranho, precisei parar e pensar nas frases enquanto lia. Valeram as dificuldades de leitura! Um abraço, Yayá.
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