Por Germano Xavier
Eu queria te dar a pureza
das coisas,
mas este barulho,
estes motores...
o azul deste céu,
tão grande,
caindo sobre a pele tua,
inocente...
Eu queria te dar
a nítida impressão
da vida...
mas estes tambores
errantes,
esta gente...
Então, quedo-me
calado,
num silêncio oceânico,
a perceber meus braços
curtos demais
para alcançar a eternidade
das nuvens.
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