Por Germano Xavier
Leio-te em beijos, minha querida,
do modo como a lua o sol espera,
incendioso, o dia. Lume da era,
anuncias, a mim, a certeza da vida.
Lírio, pesada flor em meu vergel
de estâncias. No teu colo bebo,
no teu colo inflamo... à vida cedo
o amor em diários. E o teu mantel,
quente e perfumado é, no entrelaço
das salivas enlameado, o meu sudário.
Umbral do meu corpo, animo teu regaço
na efusão de amar - falaz mandatário.
Rego-te, nas tardes, nos confins doados,
em jorro - meu cuidar em ti, afãs logrados.
2 comentários:
você tem um jeito todo especial de escrever sobre o amor,me aproprio das suas escritas.
abraços
Essas palavras preenchem-me... Transbordam-me, diria!
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