Por Germano Xavier
curvaturas em desalinho
da mulher-pecado,
as sinuosas da seda
colada ao corpo quente
atenuam as feras criadas
nas jaulas do coração.
(ela chora, e sua lágrima
faz derreter as esferas
esquálidas e sequiosas
das mentes mais vãs)
curvar-se é brasão de fraqueza.
o amor jorra feito o fogo
das claridades mais absurdas.
o controle é perdido, e perdido
é o afã de se querer controle.
a queda de um abismo é livre,
fatal consequência e o seu golpe.
não há escape nem saída.
tuas melenas são correntes,
frias e alucinantes,
de um rio de querenças diárias
sobre você.
a noite não tardará, o que vejo é apenas
o começo de uma batalha onde o vencedor
roga sempre por perdão.
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