Por Germano Xavier
I
guardei o que não se guarda,
lâmpadas de deserto, películas sem cor,
eternas canções de águas rasas
e alguns amores tantos - outros nem -,
valises inabitáveis e uma baça dor...
e sendo assim, eu, nu e em face levantada,
no fechado navio de machucados peço
que nunca se apercebam de mim,
mesmo se em transe estiver o meu estado,
eu, este pobre molhado,
que só guardou o que jamais seria fim...
6 comentários:
Crédito da imagem:
"solitude 1 by ~Puss-in-black"
Deviantart
Ah essas valises
de tantas dores,
intransponíveis...
Ninguém pode julgar a maneira do outro de se eternizar.
Belo poema!
Esquecer jamais!
Coisa mais linda, G!
Bj
O importante é fazer museu as coisas particularmente consagradas.
Guardei...
Perfeito!
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