Por Germano Xavier
Meu caderninho vou riscar na madrugada,
versos escrever, fazer desenhos de saudade.
Sentindo frio, vou eu tecendo, sem maldade,
no alvo papelzinho uma rima tal malacabada.
E desse jeito vou ver nascer o poema perfeito,
com o qual, também, dou a ti o meu presente.
Que me perdoe o preço raso ou luxo ausente,
mas meu presente é de amor somente feito.
No final da folha, com a tinta ainda quente,
desembrulho, lento, o laço de toda surpresa.
O agora quis, muito e tanto e incrivelmente,
que vi riachos em meus olhos de represa.
Sozinho quis escrever você num só minuto,
no tempo ter e ser seu bom sentido e resoluto.
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