quinta-feira, 17 de abril de 2014

5ª Feira do Livro de São Luís - Maranhão II


 Por Germano Xavier

Palestra: O Livro-Reportagem e a Crônica: A construção da Memória.
Palestrante: Germano Viana Xavier

Justificativa

Este trabalho de debate na modalidade palestra é demarcado pelo percurso trilhado para a produção do livro-reportagem Iraquara - em memória de nós, projeto experimental no segmento de jornalismo impresso. De antemão, considera-se o gênero cronístico extremamente apto à elaboração de um conteúdo cujo teor central é o seu caráter de revisitação histórica e de arquivamento monitorado de um determinado espaço de tempo. Deste modo, por meio da difusão da escrita de crônicas, busca-se mostrar que, ao contrário do que aprioristicamente possa se imaginar, o texto leve e aparentemente despretensioso da crônica pode muito bem servir como suporte para a efetuação de um resgate histórico-memorial de uma dada localidade e/ou povo. A crônica, com seu território de acesso livre tanto à realidade quanto à ficção, revela-se como sendo um campo demasiado fértil para inovações e invocações, ainda mais quando se trata de revisitar/resgatar um “tempo perdido” através de seu suporte.

Objetivos:

Debater a construção de um panorama que abarque costumes, crenças, mudanças espaço-temporais, personagens importantes, fatos, causos do passado e presente, tudo através das possibilidades que o gênero cronístico nos possibilita, utilizando-se do jogo ficção x realidade que a ela é intrínseco.

Metodologia:

Para tanto, recorremos à etnografia como metodologia de trabalho, por entendermos que o conhecimento etnográfico auxilia de forma efetiva e gradual no saber do progresso sociocultural de um determinado local e de uma respectiva população. Desse modo, o livro-reportagem/crônica ajuda a abrir e a sedimentar uma nova perspectiva para o potencial comunicativo vigente no país, assim funcionando, também, como um espelho para possíveis futuros projetos histórico-midiáticos em toda região do Maranhão e adjacências. Em contrapartida, propõe uma reflexão sobre a capacidade intrínseca à crônica de perpetuar de maneira limpa e clara a memória de um povo.

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