terça-feira, 1 de novembro de 2011

Sonho



 Por Germano Xavier

Das coisas, que a vulgaridade
se interrompa em arabescos.
A imprecisão branca das paredes
do discurso toca
o vago, a nada-matéria.
O silêncio me existe.
Eu só escuto as janelas,
entreabertas e nuas,
a pintar os pássaros
que pousam ainda verdes
nos umbrais da aurora.
E para viver, de nada mais
necessito.

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