Por Germano Xavier
O silêncio deitado,
sobre a cama, escuta.
Qualquer coisa que se diga,
qualquer indagação,
não arrecada forças o bastante
para atravessar a sala muda,
o corredor mudo.
Meu amigo que dorme, repartido
no chão sem-chão, morto?
Um tempo adormecido...
Sentem sono, as horas?
Meu amigo que dorme, quietamente,
inquieta-me dois pares de espanto.
Estico o braço.
Busco o relógio na mão direita.
(Terá respostas?)
Aqui dentro, os pássaros não chegam.
Lá fora a tarde, muda,
pousa diante de um alçapão.
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