já vi rosto ruim de gente imunda
sei saber quando um sim diz não
vivi de margem em busca dum sentido
e a rua esconde até o que ainda não foi dito
encontrei foi nada
um de tudo vão
várzea em face dum mundo cão
perdi foi tudo
até a nostalgia
que é até mais que a esperança
eu não sou mais criança
sou um cais retido na imensidão
sem força
sem palavra
um feliz ano novo daqui a pouco
e muitos se sentirão alguém sem ser
sem nem ter sido
e o grão
nascido no oco da terra
raiz embebida em sol-vento
fará de mim
e explicará
um cada novo trovejo
a espatifar a luz partida
de cima de minha fé selvagem
sem solidez
com solidão
sei saber quando um sim diz não
vivi de margem em busca dum sentido
e a rua esconde até o que ainda não foi dito
encontrei foi nada
um de tudo vão
várzea em face dum mundo cão
perdi foi tudo
até a nostalgia
que é até mais que a esperança
eu não sou mais criança
sou um cais retido na imensidão
sem força
sem palavra
um feliz ano novo daqui a pouco
e muitos se sentirão alguém sem ser
sem nem ter sido
e o grão
nascido no oco da terra
raiz embebida em sol-vento
fará de mim
e explicará
um cada novo trovejo
a espatifar a luz partida
de cima de minha fé selvagem
sem solidez
com solidão
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