Por Germano Xavier
Ao calor do gosto da água
recebido em minha boca,
fujo.
O primeiro entre tantos
que, imarginado, não suspeitava
dos reais caminhos. Fui,
sempre, imitação de um verde-paisagem
imagético, que de modo a marcar
meu destino
me apanhava fácil, sem raiz.
Fui sempre um outro, desenhado,
matemático e inerme.
Afetado pelo frescor silente
dos acontecimentos,
adúlteros.
E fazia um branco esmorecido
a luz das catedrais que me cobriam.
Pelas noites caídas, eu me enegrecia.
E já não sei se a morte,
este arcanoso livro fechado,
deseja o meu traço já tão manso
e sem cor.
Resta-me um gole,
ácido, na espera do sempre
e tarde amanhecer...
Nenhum comentário:
Postar um comentário