sábado, 3 de agosto de 2013

A bunda

Imagem: Deviantart
Por Germano Xavier

um enlace de outros tempos
num houvesse sem futuro
corroído pelo medo
marcado agora ficou
pelo mesmo tempo
sem medo
com futuros que haveriam

fomos nos atravessando
um de cada lado da vida
entre distâncias e apegos
e depois de tanto afago
rápidos no entanto
uma surpresa e um segredo

você me revelou as bandas
em várias cores tecida
num balanço bom de vida
me abalando por inteiro

a bunda que amaria
tão logo me abundou
de rogo de rubro de fogo
e de carmim pintei em branca
a carne d'alma que agora fora
para sempre inundada

Um comentário:

Anônimo disse...

Que poesia linda, profunda, para mim, de certa forma, retrata o desejo pela (o) amante que faz-se presente ao amado em noites de insônia no pensamento.A cada um é permitido fazer sua própria interpretação de um poema alheio??