Por Germano Xavier
língua de beber
crepúsculos,
debruço-me
sobre o rebuço deste teu olhar
essencial.
a prática das décadas
sofreu de teus
governos, mulher,
e me apavora,
sempre,
quando do teu alfabeto fundamental;
o que dizer
sentido
destino,
e também procura,
ou o que fica a cargo dos métodos maledicentes
usados nas possessões.
língua de ferir meus códigos,
de maleducar meus vícios
de aprendizagem.
multiplicai-me os estudos deste teu idioma
sestroso!,
que eu quero a
maneira
dos teus não-ditos!,
que eu quero a
tua entrelinha
entremeada
ao meu natural espetáculo!,
que eu quero a tua língua de esmola
a pedir-me a falência dos meus tufões!
Um comentário:
Língua de aviar juras.
Esconjuros de desejo.
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