Por Germano Xavier
eu sou a tenda
e o rebanho por ela acobertado,
sou o passo dado no calor,
o fiasco mudo do criador,
sem rumo, preso ao destino
sou sendo o que senda sou.
Jabel, pai dos que peregrinam,
eleva tua voz no deserto e me chama,
que vou!
pois senda que sendo sou,
liberto-me no desatino da liberdade,
no rumeio de criar a ovelha viva da vida,
branca, fofa, úmida de leite
na tenda que sou.
vou, Jabel, pai dos que vão
no vão, te erguendo em pulso,
impulso tão.
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