Por Germano Xavier
Páramo. Aquela flor textura fônica plantada no jarro. Eu sou aquela flor textura fônica plantada no jarro. Resposta negativa, mãe. Eu gotejo, sou a água. Sou o portentoso marulho a escanhoar fringências. Meu perfilhamento. Se afrouxo zurze-lhe os meus erros. Continuo, então. Não quero morrer da verdade. Pusilânime, pulverizem o meu filho! - para quê tanto rancor? Sujeições foram feitas para serem desobedecidas, mãe. Lembra daquele padreco que se revoltou e viu que igreja é construção do homem? Postigo. Aquele jarro arcabouço feérico dormido sobre a mesa. Eu sou aquele jarro arcabouço feérico dormido sobre a mesa. Resposta negativa, mãe. Eu sou o desprantamento, a obnivolência e o sermício. Sou o que chafurda a ordem vigente apenas com meu sorriso silencioso. Se abarroto, recalcada ficarias? - qual a importância de tanta preocupação... Tarde modorrenta. Todos eles parecem pavorosamente obtusos. No início foi muito reticente e todas as questões tão capciosas. Sobremaneira. Decuriões. Centuriões. Família abastada, que pena falar desbragadamente assim sobre tanta superficialidade. Parelho. Aquela mesa suspensa ar-coração. O que seria de mim sem você? - apenas ou sinceramente aquilo. Beber aos borbotões porque sou um homem à moda antiga e você é artesã. Sou a mesa suspensa ar-coração suspensão supressão pressão bum-bum-bum. Posso explodir. Lavra. Eu queria que você soubesse da estrela que vi ontem no céu. Pensei ter visto vagalumes e era firmamento. A resposta é negativa. Eu sou o chão, demente, pesado, curvo de tanto suportar. Mas posso explodir. E minha aplicação é reformatória.
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