Por Germano Xavier
a porta, Borges,
a porta nunca haverá.
a porta dos destinos de ferro,
a porta doa mares que morrerão,
a porta do que ainda será
não haverá.
e nisso me ponho consternado
porque tua voz forte é ouro
e reluz
amanhãs em clamores,
o tempo.
o tempo, Borges,
o tempo,
gêmeo e tal como a porta,
nunca haverá.
o tempo,
nessa ferrugem de tardes,
doura horas mortais.
5 comentários:
tempo o
tempo de
passar aqui
o tempo é
uma palavra
passar
aqui e deixar
uma palavra
seguir
O tempo que aproxima, distancia... que silencia e fala...o tempo vive, faz renascer, o tempo grita e ecoa longe. A distância é irrelevante perto da poesia dos sentimentos dourados. O tempo é irrelevante perto da saudade que ele mesmo se encarrega em fazer germinar e crescer
e tomar conta.
Boa, Jão!! Gostei desta forma de ver o tempo...e muito da finalização...desta ferrugem das tardes..
[]s
Gostei.
Abraços!
Muito sagaz falar de tempo associando os termos numa suposta conversa com Jorge L. Borges:"O tempo é a substância de que sou feito"
Sigo-te doravante!
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