Por Germano Xavier
Vem, insignificância minha!
Vem de dentro para fora,
e traz consigo a hora,
a hora que já não é minha.
Que venha calma e serena
como nunca um dever.
Pois quero no pensamento ter
a certeza de que és pequena.
Somente em ti recaio agora
como se tu fosses a aurora,
a aurora de dias idos.
Pensar em ti é nada ser.
Pobre do homem que não quer ver,
no espelho, seu existir perdido.
2 comentários:
Somos tão grandes e tão pequenos ao mesmo tempo, hein Poeta! Se por vezes conseguimos ser grandes em gestos e palavras que brotam da alma, por outras precisamos encarar nossa miudeza diante da brevidade do tempo, da vida.
Quão grandes nos tornamos ao reconhecermos nossa pequenez, diante da força do tempo e da vida, que nos toma.
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