Para Germano Xavier
A mão que antes se detinha a escrever poesias desconexas, agora pousa sobre as teclas da máquina de escrever. Apenas a pobre Julieta o entende, e fica ali, pronta para qualquer atitude inusitada. Há no peito um grande ensejo de liberdade, não se sabe porquê. Não há problema, e nem haveria de ter, pois a graça de viver está aí: libertar-se e aprisionar-se constantemente. Uma linha imaginária separa o jornalista e o poeta, o professor e o escritor, o amigo e o amante: como meridianos e paralelos do globo terrestre. Só que estes, que ousadamente descrevo, traçam uma essência inocente, fugaz e, por ora, inesperada. Os versos e prosas detalham olhares despercebidos pelos outros. São momentos que nunca são desperdiçados pelos olhos esverdeados (ah... o verde mar destes olhos), momentos arrestados paulatinamente em palavras, e assim, o poeta que existe no menino grande da Chapada Diamantina se lembrará de uma paixão. O jornalista, por sua vez, ficará por ali, tentando desvendar segredos com uma conversa boba aqui e outra ali... O professor fará um plano estratégico a fim de deixar bem claro o que quis dizer; já o escritor, estará em pleno gozo. Afinal de contas, as outras faces lutam arduamente para o seu regozijo. E aí, quando os personagens do menino deixarem de gladiar entre si, algo estranho acontecerá. A liberdade será para sempre! E eu não quero estar aqui para ver o final dessa história.
Texto gentilmente cedido por Joana Moraes (Senhor do Bonfim-BA).
Um comentário:
Lindo, lindo!
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