Por Germano Xavier
os pirilampos adormecidos
acendem suas luas,
insetinhos cochicham entre si
- o que dizem as Esperanças, tão verdes,
pousadas no armário da cozinha?
os talheres se orquestram, prontificados.
grilos na moita serram os punhos,
a água se cristalina, cristaliza-se, água fina,
puramente diamantina.
- por que é que eu, semitonto,
ainda bebo deste ar?
lar, doce lar, prado e campo,
onde dormem todos? eu cheguei,
eu cheguei, avisem a todos!
e que me zombem os fantasmas
nas horas insones,
que me abracem as sombras
quando eu atravessar o corredor,
que me venham todos, seres e não-seres
da minha eterna casa,
e que me recebam com a tradicional festa
dos reconquistadores imperiais.
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Crédito da imagem:
"Uma casa assim. by ~Pathy"
Deviantart
Lar, doce lar, cuide com carinho do seu lar. Um abraço, Yayá.
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