Por Germano Xavier
Quem és tu - ó, deus! -, Deus de Hegel?
Quem tu és, Homem de Feuerbach?
E por quem chamo nas horas doídas
da vida? Por quem hei de clamar?
Não sabe quem tem fé? Tu, druída?
E fé somente é domínio da vontade?
Por quem tanto morres, por que tanta
morte aos teus pés? Deus - ó, deus! -, por quê?
Na ranhura do vidro turvo passa uma luz
que persiste, uma espécie de matemática.
Nego e creio e me deixo, quebro-cabeça.
Aborto qual, Pascal, Kant ou Espinosa?
Abordo qual, Descartes, Voltaire, se em toda
resposta reside a pauta para mais mil perguntas?
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