Por Germano Xavier
Do meu verso,
que por ora deixo escapar,
espero nada senão a vida,
espero tudo senão o peso do fim.
Que ele me deixe sorrisos
no rosto
do meu passado que foi agora.
Que ele me plante amigos
eternos, se assim não for muito.
Que seja um tempo único
no tempo de cada um.
Que em ti me torne alimento
de sabor duradouro.
Que me seja lição diária
do que é emoção e espírito.
Que não me seja a superfície
de mim,
sempre e quase intransponível e dura.
Que ele me dance.
Que ele me luzes.
Que ele me passe à galope.
Que ele me águas.
Que ele me rios
- grandes, bem grandes!
Que ele me chaves.
Que ele me tintas.
Que ele me gritos.
Que ele me beijos.
Que ele me mundos.
E, por fim, do meu verso
básico e pouco gramático,
que ele me largue,
livre,
nestes jardins polissêmicos do Homem!
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