quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Se sou pedra


Por Germano Xavier

Alimentar, nos porões
humanos,
as brigas de valor
que irão confundir
todas as lutas.
É que eu escuto
do outro lado da rua
as ramas que irão
locar a paz...
Ninguém olha de cima
do decrépito prédio
o assombro das formigas!
Ninguém entende.
Ninguém entenderá
estes soluços brancos,
a música que reboa em sinos
a alma daqueles que, fortes,
caminham sobre o dorso dos ventos.
Beijar-te-ei em prováveis ardores,
marcarei o teu destino.
A loucura empresta suas garras
e ajuda a retorcer, inerte,
a bêbada sentinela cinza
da vida...

Num domingo triste de alegrias...

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