Acreditei,
como quem acredita na profundeza
das oceânicas águas, como quem tem
ainda nas veias o sangue vivo da juventude.
Acreditei,
como quem busca a felicidade eterna
em um sorriso infantil.
Acreditei,
como quem anseia o voo
das aves e sua total liberdade.
Acreditei no que você outrora disse
e hoje caminho ligeiro. Silenciosamente,
como quem procura e sente
as entranhas da vida no gestar simples
de um beijo.
Teus versos, decorei.
Tuas músicas, cantei.
Pulei aqui dentro de minha parcela mais particular e sentimental.
Dopei o meu corpo com suas rebeldias magistradas e leais.
Acreditei,
como quem chora de desgosto ao ver um irmão morrer
de fome,
de sede.
Acreditei,
vendo a luta e o suor diário de tuas mãos calosas
e ensanguentadas.
(E se forem léguas até desesperadas, conscientes e saborosas,
regadas à uniformidade e à pluralidade da disciplina?)
Acreditei,
como quem acredita em um mundo mais belo e justo.
Acreditei quando jovem numa reforma das verdades do ser humano.
Acreditei,
eu acreditei...
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