Por Germano Xavier
Um anzol preso pelo silêncio
brotado do barulho grita um navio
desancorado. A casa fria marulhante
está gemendo, como a braçada involuntária
da dor força o respiro da vida. O mar é um
lamento reclinante. As ondas atiçam o fogo
invisível que o homem nada.
Morrer da espuma o sufoco, procurando
o contado ar nas bolhas que explodem
relutantes, ao surgir do sol, esta carícia fina...
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