terça-feira, 17 de setembro de 2013

Psicologia de Colombo


Por Germano Xavier

Quis Colombo desejar desvendar os mistérios
do mundo. Quis Colombo querer criar o seu próprio caminho.
Colombo quis e buscou pelo sonho.
A crença de que a Terra era redonda desafiando
e contrariando ideias da igreja, o poder.
(Mais poderosa que o homem?)
Quis Colombo e elaborou dúvidas sobre a realização do sonho,
mas certo que a coragem era superior ao medo.
E escreveu o enredo da história.
Desdominação psicológica da igreja sobre as pessoas.
Mesmo não tendo chegado ao seu objetivo inicial,
não se arrepender de ter viajado.
Respeitar as diferenças nos momentos iniciais.
Angustiar-se pela demora (medar
de não concluir a viagem e de desobter sucesso).
Desacomodar a sociedade diante das leis da igreja.
Gerar fascinação nos índios pelos espanhóis.
Mudar os costumes dos índios e dos espanhóis.
Ser selvagem depois. O nobre espanhol
(explorador queria que os índios fossem escravos)
em sua posição de liderança, em posição de Colombo.
Inicialmente dar aos índios posição inferior aos espanhóis.
Fabricar ganância em todos que participarem da viagem
(em dois aspectos: descobertas e ouro).
Romper os padrões científicos da época.
Mudar o relacionamento dos índios com os espanhóis depois da morte
de trinta e nove exploradores (se isso acontecer).
Não dividir os espanhóis em "uns a favor de Colombo"
e "outros a favor de Moxina".
Disseminar sentimento de superioridade por parte dos nobres que participaram da expedição.
Abrir o olho para qualquer nomeação de qualquer vice-rei.
Jamais sofrer de desilusão quando souber que algum Américo Vespúcio descobriu o continente
que ele tanto desejara. Quando encontrar a esposa reconhecer que a liberdade é o bem mais valioso. Conseguir a confiança de uma rainha por não temê-la.
E quando o príncipe pedir para que se descreva a primeira lembrança da viagem,
que venha a memória da terra surgindo entre a neblina
como um sonho que se concretiza ante a força da imaginação.

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