Fotografias: Germano Xavier |
"A poesia de Fernando Sales tem muito de artesanato, ela é um fazer, mas não é apenas isso", assim escreveu Haroldo Bruno Filho quando da publicação de Novenário, livro do autor baiano dividido em três partes: I - Cânticos à Padroeira; II - Noturno de Agosto e III - Três orações de amor à terra. Letras vindas de uma alma da Chapada Diamantina apaixonada pelo ser telúrico que aqui se caracteriza singular. Poemas sem métrica dão o tom da poética, assim como a virgulação dispersa louvando o ente religioso que também somos. Alusões diretivas à Nossa Senhora da Glória, à antiga igreja de Lençóis-BA que ruiu após um raio, ao costume das procissões, à figura do garimpeiro em prece silenciosa no meio das alvoradas musicais. O novenário feito de poemas começa exaltando as crianças, depois as moças, rapazes, casados, velhos, caixeiros, funcionários, comerciantes e, por fim, os garimpeiros. No final do livro, Sales ainda nos presenteia com as seguintes crônicas: "A casa de Nossa Senhora", "A saudação da amizade" e "A terra, a gente. O Futuro".
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