um sonho mudo e sem sal,
um algo muito esperado,
e não sei se já foi algum dia outra coisa qualquer
de se querer profundamente.
minha pátria, minha descarada emoção
sem face, mesa cheia de gafanhotos.
a minha pátria é uma lentidão de cabeças,
de pessoas ruins e de pessoas boas.
a minha pátria é uma sanha, uma ira por dentro,
um rumor de melhora, um altiplano pelo avesso.
pátria, mãe desquitada e esquecida,
mãos sem escolhas a fazer,
de valores em ruptura.
a minha pátria é coisa impensada de se ver,
um sono austral e pandemônico,
uma espera em atraso,
um eterno duvidar eterno.
minha pátria, minha foragida razão
sem dito, figura de minh'alma sem encantos.
um algo muito esperado,
e não sei se já foi algum dia outra coisa qualquer
de se querer profundamente.
minha pátria, minha descarada emoção
sem face, mesa cheia de gafanhotos.
a minha pátria é uma lentidão de cabeças,
de pessoas ruins e de pessoas boas.
a minha pátria é uma sanha, uma ira por dentro,
um rumor de melhora, um altiplano pelo avesso.
pátria, mãe desquitada e esquecida,
mãos sem escolhas a fazer,
de valores em ruptura.
a minha pátria é coisa impensada de se ver,
um sono austral e pandemônico,
uma espera em atraso,
um eterno duvidar eterno.
minha pátria, minha foragida razão
sem dito, figura de minh'alma sem encantos.
2 comentários:
essa "espera em atraso" faz da pátria, realmente, um lugar despovoado.
Ótimo poema, meu caro.
Tristeza e esperança... :))
Postar um comentário