Por Germano Xavier
Outro dia, lendo um jornal, deparei-me
com uma frase, no mínimo, intrigante.
Dizia:
“Por erro da redação, a coluna
de astrologia de hoje foi publicada
na edição de ontem.”
Meu Deus, eis aqui uma verdadeira catástrofe!
Quais seriam as possíveis conseqüências
oriundas da constatação de tal equívoco?
Nasci
sob o signo do caranguejo, mas na verdade...
na verdade, não acredito em horóscopo
ou qualquer coisa que esteja ligada
à palavra “esotérico”.
Enquanto nos preocupamos
e forjamos regras para serem executadas
logo pela manhã,
os planetas levam seus filhotes, à passeio,
para os parques orbitais,
navegando por entre os oceanos do universo.
(Inavegáveis?)
Não! Definitivamente não tenho paciência
e não quero saber o que o sol ou a lua
querem me dizer.
Universal demais isso!
Porém, depois de muito relutar,
resolvi ler o meu astral.
E lá estava:
“Câncer (21 junho/21 julho)
... porém, é importante que você assuma
seu lado imaginativo! Com Mercúrio e
Netuno em tensão, a fluência mental
depende de uma boa dose de lirismo...”
Santa planetância, meu Deus!
Só me restou escrever este poema.
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