Por Germano Xavier e Luís Osete
Qual o preço do desrespeito?
Esta baleia, que nas profundezas abissais, macula a água salgada do vermelho ostracismo.
Qual o preço do ostracismo?
Esta borboleta que se cinza para alçar vôos, até onde não se alcance a imagem de ser mutante aos olhos da injustiça.
Qual o preço da injustiça?
Este animal pensante, ó pobre homem, que a cada ensejo, gesto, átimo, pulsar ofegante, vive na sombra de um outro homem mitificado numa vil glória, retrato da indiferença.
Qual o preço da indiferença?
Leão dourado vertendo por estes campos áridos, agarrando-se a todo ser vivente e jogando-o no esquecimento.
Qual o preço do esquecimento?
Esta saúva em sua caminhada eterna com seus embornais. Fica no caminho o registro de toda a sua brevidade.
Vestígios de um passado juazeirense, dum cubículo onde morríamos vivendo. Por Osete, com contribuições ínfimas da minha parte, em 2005.
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